sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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Basta ler os jornais para nos apercebermos de injustiças por todo o lado. Estas injustiças tornam-se particularmente chatas quando noto que me afectam de alguma forma.

É a escalada dos juros que se paga pela casa, é a manipulação descarada dos preços da gasolina, a justiça que condena em pouco tempo um jove desconhecido (não, não fui eu) que fez o download duma música mas se arrasta quando estão envolvidas figuras públicas, enfim, poderia estar aqui o dia todo a enumerar situações mas não me apetece.

Mas ontem foi o balde de água que fez transbordar o copo da minha paciência: uma situação para a qual reclamo a intervenção imediata de todos os órgãos de soberania, tal o escândalo que se desenrola à vista de todos: falo da cartelização do preço das castanhas!

É que, de um dia para o outro, surgiram em Lisboa, de forma coordenada, os carrinhos de castanhas. Todos aqueles por que eu passei ostentavam a mesma folha A4, resguardada por uma mica, com a mensagem “uma dúzia 2 €”. Onde pára a livre concorrência? Nem um único carrinho a fazer descontos caso uma das castanhas saia queimada? Ou a cobrar um extra caso venha com bicho (pelo acréscimo de nutrientes)? E onde está a plaquinha a dizer “este estabelecimento tem livro de reclamações”, caso eu não goste do teor das notícias do jornal que enrola as castanhas?

Que me esvaziem a conta bancária, que me neguem o acesso a uma justiça célere, que me entupam a televisão com programas da tanga, mas não castanhizem a minha vida! Pela liberalização do preço das castanhas, marchar, marchar! Vá, marcha tu também!

1 comentário:

paulofski disse...

Só faltou dizer onde é essa manife!