Christmas!

Aproveito o convite que a Ana Vidal, do Porta do Vento, me fez, para refletir um pouco sobre o Natal:

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Véspera de Natal. Os meninos foram dormir preocupados. No filme, Papai Noel entrava pela chaminé. Que chaminé? Não adiantou a mãe explicar que o velhinho dava um jeito.
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A criança sentiu pena do homem gordo vestindo aquelas roupas quentes. Tudo vermelho, o rosto inclusive. Devia estar sentindo muito calor. O que se via atrás dos cabelos e barba brancos estava coberto de suor. Não era um olhar feliz. A loja morna e abafada. Ficou inseguro quanto aos presentes que pediu.

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Menino. Velocípede. Bóia. Rema-rema. Gangorra. Bola de futebol. Patinete. Patins. Carrinho. Posto de gasolina. Caleidoscópio. Estrela de xerife. Relógio. Estilingue. Forte apache. Peteca. Roupa do Bat Masterson. Bicicleta.
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O primo insistiu que Papai Noel era invenção. Fantasia. Coisa de criança. A criança alterou-se. Diabo de garoto burro! Nem parecia mais velho. Buscou ansioso o apoio do tio.
- Não é verdade que existe?
O tio apenas sorriu.

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O pai explicando explicando:
- Missa do Galo é à meia-noite, quando os galos começam a cantar.
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Papai Noel está
sentado no barril ...
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Jingle bell, jingle bell
Já acabou o papel...

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Eu crescido. O apanhador no campo de centeio. Carteira. Chaveiro. Disco. Cuecas. Lenços. Cinto. Sapato. Calça Lee. Viagem pelo rio São Francisco. Caneta-tinteiro Parker. Jogo de gamão. Calção de banho. Adidas. Isqueiro Zippo. Pôster do Guevara. Pijama. Chinelo. Envelope com dólar.
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Amigo secreto.
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Os braços do pinheiro são de plástico. Flocos de algodão. As luzes piscando hipnotizam. Grande é o sono. Castanhas, nozes e gases. As pessoas passaram. O tempo também.

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Convido o amigo Valter Ferraz, do Perplexoinside, a dizer alguma coisa.