terça-feira, 11 de março de 2008

46

Pauso-te em reticências.
O chão é diferente. O telhado também.
Gostas de pintura realista, eu vou mais pela surrealista ou até mesmo... abstracta.
Gosto do teu nome. Do teu cheiro. Mas aquilo que gosto mais é aquilo que não sei. Não me deixes sabê-lo. Isso é a salvação.
Prende-me em caracteres. Dá-me cheiros e sabores, sorrisos e interrogações. Mas não te iludas, não queiras ter ar que escapa entre os dedos, que muda ao sabor da rosa dos ventos. Não o podes controlar.
Não sejas frágil ao ponto de acreditares que sim.
O sol põe-se e nasce, os ventos e as marés mudam... mas podem não voltar.
Entendes?
[risos]
46
4+6=10 (números... momentos meus e de mais ninguém)
4x6=24 (sorrisos... oferecidos a alguém por dia)
46:2=23 (almost there)
4 vidas perdidas contrapostas a 6 sonhadas
[risos]
Não entendes não é?
Num casulo existem sempre metamorfoses.
46 para ti, um infinito para tantos outros.

Intervenção da responsabilidade do Alf: Como não gosto de te ver parado, segue para a Girstie. Se ela te quiser...

sexta-feira, 7 de março de 2008

45

Primeiro peço desculpa pelo atraso da publicação deste post... Não foi minha intenção demorar a faze-lo pois acredito que quanto mais rápido correm as coisas, mais intensas se tornam...

(cigarro)

Um blog que é de todos e não é de ninguém, agrada-me a ideia... Vejo-a como uma busca sedenta de partilha do desconhecido, daquele desconhecido que ansiamos que seja como nós, uma busca de mentes e subconscientes iguais às nossas, no fundo procurar sentir alívio por saber que não somos os únicos a pensar de tal forma. Como é bom quando nos envolvemos e deixamos levar pelas palavras de outrém e no fim sorrimos porque estamos a sentir que aquelas palavras poderiam muito bem ser as nossas...

(cigarro)

Igual a mim próprio, não me contento com um post! Um post? Então só tenho uma oportunidade de escrever? Não consigo, desejo ter sempre mais e sinto que apenas um post não chega para dizer o que quero, o que sinto. Preciso de mais, de muito mais, preciso duma eternidade reflectida nuns instantes, preciso de dar a volta ao mundo sem sequer sair do lugar para poder ter a percepção daquilo sobre que quero escrever... Penso e volto a pensar quando no fundo não passarei de um desconhecido que ficará conhecido neste espaço como o "45"

(cigarro)

Um menino, não um simples menino mas um menino... Porém um menino que não se decide, que se vê como alguém que chega aquela rotunda com imensas saídas e não sabe por qual seguir, ao invés disso prefere sentar-se a observar todas elas, a estudá-las, a pensar qual será a melhor... Enquanto isso passam pessoas, seres, nele cresce um turbilhão de sensações, de sentimentos, estes confundem-se com a agonia de não se conseguir decidir. De repente pára, repara naquela boneca de porcelana. Hummm parece fechada num casulo de borboleta... Estranho!!! Decide gritar... Pode ser que o oiça... Bem, afinal talvez se deva sentir feliz... Antes num cubiculo mágico do que num casulo de borboleta...