sexta-feira, 24 de agosto de 2007

24

devo dar de mim ou parodiar? devo ser séria e socialmente correcta ou extravazar e dizer o que me vai na tola? muito bem... o que sair é o que sou neste momento e fica um registo do agora que entretanto já é passado. como estou a terminar uma fase de trabalho muito intensivo e a entrar no período férias, como estou no culminar do que foi também uma fase de conhecimento interior e de como me relacciono com os outros, como estou assim assim a explodir devido à adrenalina que me percorre sem que consiga de forma coordenada chegar a conclusões ou sequer falar sobre temas que me interessam ou que não me interessam nada mas que ainda assim afinal interessam qualquer coisa, como sinto uma vontade imensa de cair na água gelada nas praias da serra da arrábida, por tudo isso vou só falar de alguém cuja mudança de atitude me deixou profundamente feliz, por ele, vou falar do ps.
desengane-se quem pensa que vou falar de coisas que têm algum tipo de interesse partidário, nah nada disso, vou falar de algo que sou eu (e que o leitor mais atento pode estar já a detectar do que se trata) mas que são os outros e que afinal se reflecte em toda a sociedade mas que normalmente não ligamos muito, as atitudes e comportamentos dos outros.
o ps trabalha no mesmo local que eu com a diferença de um piso. quando fui trabalhar para ali conheci o ps, um tipo relativamente obeso, muito calado, que deitava um cheiro a suor de tal ordem que eu fugia de ir ao pé dele, era mesmo o chamado fedor! sim, sim, coitado do ps podia não ser culpa dele, pois podia não ser, mas era mau, desagradável e pronto era de evitar. há uns meses atrás alguém comentava comigo "já viste como o ps está mais magro?", "não, não vi, qual ps? ah esse? não, não me apercebi de nada", na hora de almoço lá estava ele com quase um terço de espaço a menos ocupado em relação há uns meses atrás... o ps decidiu começar a praticar desporto todos os dias para emagrecer, quando o vejo ao meu lado na aula de rpm penso que lhe vai dar "uma coisinha má" a qualquer momento e afinal ele sobrevive. para além do peso que perdeu o tal fedor desapareceu, mas o que mais me impressionou e deixou feliz por ele foi reparar que de um forma ainda tímida ele já fala com as pessoas sem que tenham que ser elas a meter conversa, nota-se que ele é hoje uma pessoa com muito mais confiança do que antes e como sei que nunca vou ter coragem de lhe dizer isso a ele porque não me relacciono de forma tão próxima a verdade é que me sinto feliz por ele e queria que ele soubesse que (eventualmente mais) alguém reparou nessa fantástica mudança, mesmo feliz, não por ele ter emagrecido, nunca por aí, talvez por ter deixado o fedor de lado também, mas é mesmo pela mudança que esta melhoria física aparente lhe trouxe, fiquei muito feliz pelo ps e espero que a auto-confiança dele não se deixe perturbar!

no meio de tanta palavra que não vou ter grande paciência de reler e ainda bem porque senão apagava e nunca mais escrevia nada, queria só transmitir felicidade e bem estar. paz.
e com esta me vou, muito obrigada pelo convite tão simpático e como gostei tanto vou passá-lo a alguém de quem gosto muito, muito, muito e que acho que vai ser com certeza uma boa contribuição, do meu (nosso) espaço para o que afinal gosto de fazer partilhar envio para a recente blogger, a minha sis su!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

23

Ontem estava no duche quando me lembrei de uma ideia para um post genial!
Como quase todas as minhas boas ideias, agora neste momento já não me lembro minimamente do que era.
Por isso vou antes refilar com a Humanidade em geral...

Aparentemente estamos cada vez mais prontos para dar O Salto.
É! Já se treina gente para ir a Marte...

Após pensar um bocadito sobre as particularidades das nossas vidas aqui no Burgo, ficamos com 2 (duas, sim - todas as outras encaixam nestas duas... não, essa também encaixa aí algures) hipóteses sobre as intenções da Humanidade na sua globalidade [ok, daquela ínfima percentagem que gere as coisas]:

1 - Somos (são - "eles") muito burros!
Ok, a corrida espacial serviu para muitos avanços tecnológicos. Ainda serve. Mas não há outras maneiras de motivar a malta? mmm? A mim parece-me que deve haver melhores maneiras de estimular a intelectualidade das pessoas, mas isso sou eu...
Não vou entrar pela conversa das barbaridades de $ gasto nestes e noutros projectos, quando deveríamos era investir barbáricamente na educação das pessoas (muito genérico, né? -> tecnológica, ambiental, civil, comunitária...).
Mas chateia se pensarmos no ponto 1! A mim chateia....

2 - Somos (eu também :) ) muito espertos!
Lembram-se dos avisos ambientais? Al Gore, Greenpeace, John Muir ou mesmo Seuss... E se os nossos piores receios forem mesmo realidade? mmm? E se o tal PNR ambiental já passou? E se já lixámos mesmo o planeta "beyond repair"? E não o sabemos ainda ("eles" sabem...)?...
Então só resta mesmo pormos-nos na alheta! Vai demorar, sim... Mas pode ser a única hipótese. E depois daqui entramos nas subdiscussões sobre qual o planeta ideal para colonizar. Mas isso é para uma próxima conversa.

Em qual eu acredito? Há pontos em ambas as hipótese nos quais eu GOSTARIA muito se acreditar. Infelizmente a História e Estatística fazem-me acreditar somente nos piores pontos de cada uma.

PS - Gosto de usar a expressão "eles". É liberador, não precisas de dizer (ou de saber) quem são... é quase místico! :)

E assim passa este blog do Paranóico para a Dulcineia [sim, quero que esta conversa continue :)]... se "eles" a deixarem :)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

22



lamechas ??? praticamente impossível vindo de ti panda voador, ou bem k não fosses carneiro arraçado de dragão, o k me transfere para o medo de ser devorado como coelho k sou...
bah...lamechas....duplo bah...

isto de ser carneiro anda mto mal por este mundo, falo por mim ...estamos sempre contra tudo e mais alguma coisa, fartamos-nos rapidamente das situações, só gostamos daqueles k nós fazem frente pois dos fracos não reza a storia e enfim agressividade e implusividade a dar aos pontapés...

eu nem sei como é que o carneiros conseguem manter blogs, sinceramente....a paciência não é realmente uma virtude, mas compreendo a necessidade de partilha de ideias e o sentido de provocação.

desta forma envio para o costeletas

aguardo futuras aventuras


say no to hi fi

21


A mim calhou-me o número vinte e um, a convite do muy meu amigo Hugo. Como me apanhaste de surpresa, com a cabeça ainda nas férias, e como já estamos a falar de gatos ao comprido, árvores que morrem de pé e homens, aqui vai um pouco de CADENCIA, para aliviar o stress e dar um pouco de descanso...
Os Cadencia vindos de Andalucia faziam parte de um dos muitos cartazes de festas de verão.
A mim, surpreenderam pelo grande espectáculo que deram e pela energia em palco.
Vale apena ver pessoal novo a ir buscar ao flamenco, ao Paco de Lucia e às raízes espanholas da música uma fusão de sons que faz delícias de todos.
Para ti e para quem se deixar seduzir...
http://www.myspace.com/elflamencoquellega

Para quem não sabe:Cadência é a pontuação, no sentido gramatical, de uma frase ou sentença musical. Ela determina os pontos de descanso de uma peça. Consiste na progressão dos dois últimos acordes da frase ou da sentença.
in http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadência

E já que estamos um pouco lamechas segue o convite para o LULAS , a long time friend.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

20


Caríssima, cara metade! Uma oferta de uma gata assim, fez-me lembrar este gato...
Ha qualquer coisa de especial no momento em que abandonamos algo e partimos rumo ao desconhecido.

Aquele roer no estômago tipo montanha russa, aquela angústia saborosa de pensar "serei capaz?", "será que também me safo desta?".

A verdade é que até hoje quase sempre me tenho safo, e entre os muitos amigos e conhecidos que vejo saltarem sem rede de segurança, quase todos se safam também.

É o medo que nos deixa presos. É o medo que nos impede de agir. É o medo que prende tantos, a lugares que não os que buscam ou a empregos de que não gostam. É o medo e o comodismo... E a Inércia...

A Inércia (sim, com I maiúsculo), faz com que uma vez que comecemos seja fácil (ou mais fácil) manter o movimento, mas também é ela, que uma vez que paremos, que Assentemos como parece estar na moda aos 30 anos, faz com que seja tão mais difícil voltar a arriscar.

Por isso caríssimas e caríssimos... Façam como o gato... Lancem-se sem rede, com inocência, ousadia e prazer e vão ver que vos sabe bem. E normalmente acabam melhor do que começaram... ;)

E de seguida ofereço este blog à Pandinha... Uma amiga de quem muito sinto a falta...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

#19


Ela mandou-me um convite (ou desafio) para eu escrever aqui. Passou-me a batata quente. E eu cá não gosto de ficar com a batata quente nas mãos durante muito tempo. Mas estava para aqui a pensar como fazer para deixar aqui um pouco de mim, e lembrei-me que talvez o melhor fosse deixar mesmo parte de uma outra pessoa.
Pedro.
Leio-o sempre, muitas vezes. Procuro nas suas palavras outros sentidos, encontro nelas pequenas maravilhas. Todos temos acesso às palavras. Mas articulá-las assim, umas atrás das outras, com a perfeição perturbada de quem não sabe que é perfeito está reservado apenas a um pequeno círculo de génios, do qual Paixão faz parte.
Apaixonei-me pelo Pedro (este trocadilho tem tanto de previsível como de inevitável, mas há coisas das quais não podemos fugir) no dia em que abri um livro e este texto me escolheu. Porque me sinto assim tantas vezes, porque sou assim tantas vezes, porque este homem sou eu. O texto faz parte do livro "Vida de Adulto", e chama-se "Apagar":

"Escrevia uma página.
Relia-a e cortava logo alguns parágrafos. Voltava a lê-la e tirava algumas frases. Depois ia às palavras. Reparava na inutilidade de muitas e extraía-as. O que se encontra após uma vírgula também podia desaparecer. Um ponto e vírgula geralmente indicia a ineficácia das frases que une, e eram retiradas.
Continuava durante algum tempo.
Se não fosse a sua mulher roubar-lhe a página, restaria uma palavra, ou talvez nada.
Ele precisava tanto de escrever como de apagar o que escrevia"

E assim sendo, resta-me acrescentar que aí vai ele. Batata quente sai das minhas mãos directamente para as mãos deste senhor. Afinal, cara metade (ainda que virtual) só o é quando se partilha qualquer coisa. Um Blog, por exemplo.